quarta-feira, 18 de junho de 2008


Por mais censurável e condenável que seja a actuação da jovem que raptou o bébé do Hospital de Penafiel, nos últimos dias, não consigo deixar de sentir uma certa compaixão e desalento.
Uma mulher ciosa de afectos, de um namorado que quer " prender", de um filho que quer ter e não pode...esta necessidade,este défice de carinho, esta, como apelidou o Público, "delinquência afectiva"....deverá ser, a meu ver, a grande análise a fazer do caso em questão.

Se obviamente esta perturbação terá motivos endógenos, não podemos deixar de sentir também, um peso do mundo em que vivemos, desatento das nossas carências e devaneios.

Julgo que não será necessário colocar mais câmaras no Hospital, as 20 existentes serão suficientes para captar imagens de futuros raptores, desde que a PJ tenha disponível uma base de dados de imagens dos cidadãos, caso contrário, são plenamente inúteis, bem como todas as imagens recolhidas em qualquer sistema de vigilância em Portugal.

Não fora a chamada telefónica da amiga, a quem a jovem confidenciara o que pretendia fazer, e ainda hoje andavamos a ver as imagens gravadas...

Claro que o Ministério da Saúde já decidiu criar um grupo de trabalho para estudar o problema de segurança inerente, seguir-se-á uma nova lei, e depois...td igual!
Talvez se se criasse novamente apoio psicológico nos Centros de Saúde, fosse mais fácil controlar estas situações, com menos câmaras, mas é apenas uma opinião...

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